No Foco

Novos cursos, novas formações

Vanessa Sol

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Nos últimos meses, a UFRJ trabalhou intensamente para a criação e implementação de novos cursos nos quadros da instituição. Os trâmites são muitos e vão desde a elaboração do projeto pedagógico até a efetiva aprovação pelo Conselho Universitário (Consuni). A medida surge como uma possibilidade de aumento no número de vagas oferecidas pela universidade. Para o Concurso de Acesso aos Cursos de Graduação 2009 serão ofertadas 7682 vagas, cerca de 800 a mais do que no ano anterior.

Mais do que a ampliação de vagas, os novos cursos significam, também, aos futuros estudantes, outras possibilidades de perfis profissionais adequados às novas demandas do mundo contemporâneo. A criação dos cursos de bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra, de Saúde Coletiva e de História da Arte reflete parte desta demanda.

A pró-reitora de Graduação (PR-1), professora Belkis Valdman, destaca a importância da criação de novos cursos, sobretudo, pelo pioneirismo de alguns deles. “O curso de Saúde Coletiva da UFRJ é o primeiro do Brasil”, enfatiza.

No entanto, a instituição também criou cursos tradicionais, porém que não existiam em seus quadros, como Comunicação Visual Design, Terapia Ocupacional e Relações Internacionais, além da licenciatura em Ciências Sociais.

Em relação ao curso de Terapia Ocupacional, a pró-reitora afirma ainda que não existe nenhuma universidade pública do Rio de Janeiro que ofereça o curso, sendo encontrado apenas em universidades privadas.

Outras duas importantes mudanças que também ocorreram foram: a entrada única para os cursos de licenciatura e bacharelado de Filosofia, no qual a escolha entre bacharelado e licenciatura será feita após a conclusão do terceiro período; e a entrada para a sub-opção Básico em Engenharia. Nesse caso, os estudantes cursarão quatro períodos com disciplinas comuns a todos os cursos da Escola Politécnica (Poli). Após a conclusão destes períodos, os alunos passarão por uma avaliação de coeficiente de rendimento das disciplinas cursadas para a escolha de um dos 12 cursos tradicionais oferecidos pela Poli.

Belkis destaca que a iniciativa da UFRJ, além de atender às novas demandas da sociedade, amplia o acesso com o aumento do número de vagas. “A UFRJ além de caminhar em direção a novas formações profissionais, está inserindo um quantitativo maior de estudantes na universidade”, ressalta.

Foram abertas também novas turmas do curso de Ciências Biológicas Modalidade Biofísica, em Xerém, Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição, em Macaé. Outra boa notícia é a ampliação de vagas de diferentes cursos dos campi da UFRJ. Entre os contemplados estão os cursos de: Comunicação Social, Licenciatura em Ciências Biológicas, Licenciatura em Ciências Biológicas, em Macaé, Ciências Biológicas Modalidade Médica, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Engenharia Química, Engenharia, Química Industrial, Artes Cênicas/Indumentária, Composição de Interior, Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação, Dança e Bacharelado em Música.

O aumento de vagas faz parte das ações do Plano de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE-UFRJ).

Inovação

Outra novidade é o fato de alguns cursos terem mais de uma unidade como responsável. Com a nova resolução do Consuni, alguns cursos entram em uma nova lógica na universidade que permite a co-participação de mais de um centro na gestão de um curso. Na verdade, será realizado um sistema de co-participação entre as unidades participantes do curso, sendo o mesmo dirigido por um colegiado de representantes destas unidades.

Como destaques estão os cursos de Relações Internacionais, no qual participam o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e Centro de Letras e Artes (CLA); além do bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra, que contará com a participação de cinco centros diferentes.

No entanto, a pró-reitora enfatiza que o processo de elaboração e aprovação dos cursos é longo. “O processo de elaboração de um novo curso não ocorre de uma hora para outra. As unidades, os departamentos passam meses, ou até anos, discutindo o projeto, as disciplinas, as ementas das disciplinas, entre outras questões”, afirma Belkis. A aprovação de um curso depende de diferentes instâncias da universidade. São elas: o corpo deliberativo do Departamento, a congregação da unidade, o conselho de Centro, a PR-1, a Câmara de Currículos do CEG, a plenária do CEG e por último o Consuni (se for um curso inédito).

Futuro e Avaliação

Para o vestibular de 2010, estão previstos outros novos cursos como Gastronomia, Gestão Pública, História da Dança, Licenciatura em Dança, Nanotecnologia, Biotecnologia, Restauração, entre outros.

De acordo com Belkis, uma forma oportuna de avaliar os novos cursos e os que virão é instituir um sistema de avaliação no qual o discente poderá opinar sobre seu curso de graduação. Uma forma semelhante de avaliação existiu no passado, porém deixou de ser utilizada por questões operacionais. A discussão sobre a retomada da avaliação será levada ao Conselho de Ensino de Graduação.