Entrelinhas

Reflexões sobre a arquitetura paisagística


Ana Carolina Correia

O planejamento espacial em conjunto com a sustentabilidade ambiental está fortemente atrelado com a profissão do arquiteto paisagístico. E é exatamente sobre a profissão que o livro “Arquitetura Paisagística Contemporânea no Brasil” (Senac/2010) pretende discutir e refletir. Organizado pelas professoras Ivete Farah, Raquel Tardin e Mônica Bahia Schlee, a publicação celebra três décadas de vida da Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagísticos e debate sobre a história e os rumos do profissional.
O Olhar Virtual conversou com a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ), Ivete Farah, sobre o livro lançado nesse ano.

Olhar Virtual: Como surgiu a idéia do livro?
Ivete Farah: A idéia para o livro surgiu a partir da comemoração de 30 anos da Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagísticos (Abap). O presidente era Eduardo Barra (2005 a 2008) que com a diretora cultural Lúcia Costa idealizaram a obra e convidaram Raquel Tardin, Mônica Bahia Schlee e a mim para organizá-la.

Olhar Virtual: Sobre o que é o livro?
Ivete Farah: O livro é uma reflexão sobre o papel do arquiteto paisagístico com a consolidação da profissão no país. Não era nossa pretensão escrever um livro sobre toda a Arquitetura no Brasil, mas partir dela para a evolução da produção e profissão. Assim convidamos arquitetos da Abap para nos enviar artigos e como nosso intuito não era simplesmente selecionar, refletimos sobre eles para assim contar o desenvolvimento da arquitetura paisagistica. Falamos sobre a arquitetura no Brasil colônia, na modernidade, na história recente e também da criação da Abap. Fazemos uma reflexão sobre o papel do arquiteto no Brasil, na construção da cidade, na transformação a partir da intervenção.

Olhar Virtual: A questão ambiental é fundamental para o arquiteto paisagístico?
Ivete Farah: Essa questão de consciência ambiental foi extremamente necessária na consolidação e na força da composição disciplinar do profissional. Assim, ele acabou tendo mais espaço a partir dessa tomada de consciência.

Olhar Virtual: Qual o público o livro procura atingir?
Ivete Farah: O livro deve atingir toda a comunidade científica interessada, pessoas que estão ligadas a transformação da cidade.