Ponto de Vista

UFRJ apresenta novo Sistema de Avaliação de Disciplinas e Docentes

 

Tiago Nicácio

 

No processo de avaliação tradicional do sistema de ensino no Brasil, o professor atribui notas a cada aluno de acordo com o seu rendimento nas atividades propostas durante as aulas. E o que acontece quando o professor não apresenta um plano de aula ou foge completamente ao conteúdo programado? Esse é um problema recorrente em todos os níveis de ensino: são escassos os meios para o aluno avaliar o professor e a qualidade das aulas ministradas.
 
A UFRJ, com o intuito de criar mais esse canal de comunicação e com ele melhorar a qualidade dos seus cursos, disponibilizará até o dia 21 de novembro uma página com o seu novo Sistema de Avaliação de Docentes e Disciplinas. O estudante pode acessá-lo através do SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica), clicando na aba Serviços >Avaliação de Disciplinas e Docentes.
 
Para falar sobre essa nova iniciativa da UFRJ, o Olhar Virtual ouviu o Superintendente Geral de Graduação da universidade, Eduardo Mach Queiroz, um dos idealizadores do sistema.
 
Olhar Virtual: A UFRJ já adotou anteriormente esse tipo de avaliação do corpo docente?
 
Eduardo Mach: Sim, o Sistema de Avaliação de Disciplinas e Docentes foi desenvolvido pela primeira vez no início da década de 90, pela então chamada Comissão de Integração Acadêmica, fruto da parceria firmada entre o Centro de Tecnologia (CT) e o Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN). Infelizmente, a tecnologia foi perdida e a avaliação, descontinuada. Fizemos uma experiência no polo de Macaé por um ano e meio, mas era através de formulário em papel. Agora estamos voltando à avaliação eletrônica, feita em parceria com a equipe que desenvolve o Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA).
 
Olhar Virtual: E qual é o objetivo desta avaliação?
 
Eduardo Mach: Pensamos na retomada da avaliação com o intuito de gerar informação para melhorarmos os cursos das universidades. E para termos uma informação mais acurada, é de extrema importância que os alunos participem e avaliem seus professores e disciplinas. Outro ponto essencial é garantir a perenidade desta avaliação, para estabelecermos uma série histórica disponível para análise. Há situações em que uma disciplina tem baixo rendimento em um período por um problema de relacionamento do docente com a turma, por exemplo, o que não compromete a qualidade do curso para os próximos períodos.
 
Olhar Virtual: Na avaliação disponível aos estudantes, as respostas estão graduadas em níveis que vão de “péssimo” a “ótimo”, inclusive para perguntas binárias que deveriam ser respondidas por sim ou não. Isso prejudica a qualidade da informação gerada?
 
Eduardo Mach: De maneira alguma. A questão da gradação é apenas um método de leitura de informação utilizado pela nossa base de dados. No caso de perguntas binárias, basta responder “péssimo” se a resposta for “não” e “ótimo” se for “sim”.
 
Olhar Virtual: Outro problema é que algumas disciplinas, dentro do sistema de avaliação, não estão com o nome dos professores que de fato ministraram o curso. Como corrigir isso?
 
Eduardo Mach: Esse é um problema que o coordenador do curso pode resolver para o aluno através da nossa intranet. Caso algum aluno perceba que a disciplina que quer avaliar está com o nome do professor errado, basta pedir ao coordenador que faça a alteração no sistema.
 
Olhar Virtual: Os alunos podem enviar sugestões e críticas a esse novo método de avaliação das disciplinas e do corpo docente?
 
Eduardo Mach: Claro, estamos abertos às opiniões dos alunos, que são importantes para melhorarmos nosso método. Qualquer dúvida, sugestão ou crítica pode ser enviada para o email mach@pr1.ufrj.br.