Ponto de Vista

I Olimpíada Nacional de Geociências

 

 

Gisele Motta

 

Estão abertas as inscrições, até o dia 15 de agosto, para a I Olimpíada Nacional de Geociências. O evento está sendo realizado pelo Museu da Geodiversidade, do Instituto de Geociências da UFRJ.

A ideia da Olimpíada, como explicam as coordenadoras do evento, Márcia Diogo e Eveline Milani, surgiu em 2010. “A ideia veio com a divulgação do Edital de apoio à Olimpíadas Científicas lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq). Depois de aprovada, buscamos outros investidores e estamos sendo patrocinados também pela Petrobrás”, afirma Márcia.
 
A primeira fase será feita através da internet, e os classificados viajarão para o Rio de Janeiro, a fim de participar da disputa presencial. Márcia explica porque a fase a distância é importante “Era uma regra do Cnpq que a Olimpíada fosse nacional, então, para alcançar o país inteiro, tinha que ter uma parte online”. A disputa acontece através de provas e tarefas, como na Olimpíada Nacional de História, promovida pela Unicamp, na qual a de Geociências se inspirou. Com esse sistema os alunos têm duas formas distintas de aprender: a teórica e a prática.

O tema é “Geodiversidade”, um conceito explicado por uma das museólogas do Museu da Geodiversidade, Aline Rocha, que trabalha em conjunto com Patrícia Danza. “É um conceito que surgiu como similar à ‘biodiversidade’, e representa os elementos da diversidade geológica como paisagens, rochas, fósseis, minerais e os processos causados pelo homem. É todo o patrimônio geológico excepcional, que se difere do que é normal de alguma forma”.

A competição será dividida em cinco etapas iniciais relacionados à Geodiversidade: Formação do Planeta Terra, Rochas e Minerais, Evolução da Vida, Fósseis e Desastres Ambientais. 

Esses temas englobam a Geografia Física, uma preocupação das coordenadoras. “Queremos trabalhar mais as geociências no Ensino Médio, vemos que a atenção fica muito na parte política e não na física.” Comenta Márcia. “Com essa competição, queremos despertar o espírito científico nos estudantes. Quem sabe não sai um profissional da área, um cientista, de um desses alunos que vão participar?”, completa Eveline.  Márcia explica também que, como as provas e tarefas são em equipe, mobiliza-se toda a escola, atingindo a também comunidade.

Para participar, é obrigatório cursar o Ensino Médio, seja ele regular, técnico ou EJA (Educação de Jovens e Adultos). Os alunos devem se organizar em trios e é necessária a orientação de um professor, de qualquer disciplina, que ficará responsável também pela inscrição da equipe pelo site.  Segundo Aline, essa área está em expansão, então é importante investir nos futuros profissionais. “A área da geologia está muito bem. Não há falta de vagas na área”, comenta a museóloga. “É uma área que engloba todas as questões em voga, como as questões ambientais de terremoto, vulcões e também o petróleo”, complemente Eveline.

As equipes eliminadas nas primeiras fases receberão certificados online atestando a sua participação até o momento em que ela ocorreu. As cinco equipes finalistas, que vão disputar a fase presencial, terão a sua vinda para o Rio de Janeiro financiadas pela organização.  Cada componente das cinco equipes finalistas, incluindo o professor e a escola, serão premiados de acordo com a classificação a seguir: 1ª 2ª colocadas: notebook; 3ª colocada câmera digital; 4ª e 5ª colocadas: livros, cds e dvds sobre Geociências.

Para consultar o edital completo e realizar as inscrições, acesse o site oficial http://olimpiada.igeo.ufrj.br/

 

.