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Edição 331      29 de março de 2011


Ponto de Vista

Os efeitos das compras coletivas

 

Elisa Ferreira

 

A forma de compras através de  sites de comércio  coletivo, oferecendo cupons de descontos e entrega em lojas físicas ou virtuais, cresce notavelmente em todo o mundo. Em 2010, o Brasil atingiu a marca de U$ 500 milhões, tornando-se referência no setor.

As empresas buscam aumentar as vendas e encontram um meio para isso através da redução de preços, utilizando-se das vendas no “atacado”. Segundo Lia Hasenclever, professora do Instituto de Economia da UFRJ (IE/UFRJ), “essa é uma boa tática de marketing, para aumentar o público, uma vez que cada vez mais pessoas estão voltadas para a internet”. Dessa forma, mesmo sem se poder comprovar a veracidade dos descontos oferecidos, não há razões para as empresas enganarem os internautas, uma vez que buscam a promoção de seus produtos.

Já as lojas virtuais, ou mesmo lojas físicas que possuem acervos virtuais, costumam oferecer preços mais baratos por eliminar a etapa do processo da construção de um local, sem a mediação de um espaço.

Apesar dos benefícios, os consumidores enfrentam também alguns problemas e dificuldades; a principal consequência está na impulsividade. Diante da necessidade de decidir rapidamente acerca da compra, gerou-se o que os especialistas têm chamado de “indústria do impulso”.

Além disso, os consumidores devem estar atentos a cada detalhe e se informar antes de garantir a compra. “É preciso verificar o local que está sendo oferecido, para isso é sempre bom entrar no site ou ligar para a empresa que oferece o desconto”, afirma Lia.

Logística das vendas

A maior dificuldade das vendas na internet das lojas, físicas ou virtuais é a logística de entrega. No natal de 2010, diversas reclamações foram notificadas ao Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon) e noticiadas em diversos veículos de comunicação. Mesmo assim, muitas pessoas tiveram que recorrer a lojas na véspera do feriado natalino.

Por enquanto, o Procon é o único órgão que se responsabiliza por erros e dificuldades nesse novo mercado on-line, entretanto Lia Hasenclever defende a criação de novas redes mais adequadas a esse tipo de venda, uma vez que “esse tipo de venda veio pra ficar - e crescer-, porém o grande problema é a logística de entrega. A economia brasileira está muito atrasada nessa logística de transporte, tanto aéreo quanto rodoviário. Será necessária a criação de uma rede adequada para essa tendência que vem crescendo”.

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