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Integração com a comunidade

Luciana Campos

“Os alunos são o que existe de melhor na Escola de Comunicação”, disse  a Coordenadora do Setor de Extensão da faculdade, Wanelytcha Simonini, fazendo referência ao grande número de projetos de extensão originados e conduzidos por estudantes da unidade. São 19 projetos de extensão em andamento na ECO.  Nem todos são institucionalizados, disse  a professora Ivana Bentes, diretora da Escola, que pretende  promover a institucionalização destes projetos.

Começo

O setor de Extensão da Escola de Comunicação da UFRJ foi criado por Isabel Cristina Alencar de Azevedo, hoje Superintendente Geral da pró-reitoria de Extensão ( PR5) , em 1994. A partir deste momento, muitos eventos foram realizados com o apoio do setor de Extensão da ECO, disse Wanelytcha, que começou a trabalhar nesta área em 1996.

Assim, o corredor da ECO passou a ser o cenário utilizado por vários estudantes, professores, artistas e instituicoes para exporem suas artes.A primeira exposição feita no corredor da Escola aconteceu no final de 96, e expôs fotos feitas pelos alunos do professor de Fotojornalismo Dante Gastaldoni sobre as eleições que estavam ocorrendo naquele ano. “ Os estudantes queriam expor seus trabalhos, como fotografias, mas não tinham espaço para  fazê-lo. Assim, cedemos o corredor da Escola, que acabou se tornando uma galeria de arte. A maioria das pessoas que passavam pela Eco, inclusive os próprios funcionários, no período da exposição, diziam que era a primeira vez que estavam entrando e vendo uma exposição de arte”, lembrou a coordenadora.

O sucesso desta primeira exposição foi fundemental para que a Escola passasse a ser procurada por instituições e consulados  que gostariam de expor suas produções no corredor da unidade. “ Fizemos uma exposição lindíssima  para o Consulado da Rússia e uma outra, com fotos da terceira idade, feita a pedido do SESC”, falou Wanelytcha.

 Em 2004, as exposições no corredor da ECO foram extintas. A última feita foi produzida pelo curso de direção teatral da escola, trazendo para os corredores da unidade indumentárias  e equipamentos usados em peças de teatro.

Paralisação

No final de 2004, Wanelytcha foi morar fora do país e acabou se afastando do setor de Extensão da ECO. Este período coincidiu com  o não funcionamento do setor de Extensão da escola. Segundo Simonini, a explicação para a paralisação da extensão na ECO pode estar na diferença de política adotada pela Escola. Naquele momento, disse ela, a questão da extensão não era prioridade para a direção da unidade.

Com a falta de um setor de extensão na Escola, os alunos, pela necessidade de realizarem projetos e mostrarem suas próprias produções, se organizaram e viabilizaram eventos, como o ciclo de palestras Interseção. Nem todos os projetos criados pelos estudantes contaram com a participação e coordenação dos professores, afirmou Wanelytcha .

Estrutura

Hoje, o Setor de Extensão da ECO  está localizado em uma sala de 8 m ,  com 4 funcionários e  apenas um computador. O local fica em frente a sala de pós-graduação da escola. “ Esse espaço que  temos aqui  é semelhante ao coração de mãe, sempre cabe mais um”, disse Wanelytcha.

“A extensão aqui na ECO, na verdade, funciona como uma pequena produtora. Nós realizamos todas as atividades dos eventos, como pré-produção, produção etc. Evidentemente,  a extensão não se resume somente a eventos”, afrmou Simonini, lembrando que os estudantes que trabalham no setor saem da universidade com uma bagagem cultural que se torna o diferencial positivo na hora em que eles forem buscar uma colocação no mercado de trabalho .

Novos horizontes

O setor de Extensão da ECO, junto  com a Pró-Reitoria de Extensão ( PR-5), irá  participar de um projeto  comunitário na prefeitura da Nova Iguaçu. “Os nossos alunos serão  monitores  e mediadores de oficinas de fotografia e mídia que serão dados para os jovens de baixa renda da cidade ”, falou Ivana Bentes.

Segundo a diretora da ECO, que está há dois meses no cargo, neste primeiro momento os movimentos a serem feitos são no sentido de colocar ordem na casa. Posteriormente, Ivana pretende ocupar o campus da Praia Vermelha com atividades que permitam as pessoas de fora da universidade participarem delas. “ Chegou a hora de abrirmos as portas da universidade para aqueles que estão fora da universidade. E isto é  feito através dos projetos da extensão”, admitiu a diretora.

Projetos de Extensão

A nova gestão da Escola de Comunicação listou 19 projetos de Extensão existentes na unidade que  pretende integrá-los de maneira a permitir que os mesmos se tornem itinerantes pela própia UFRJ. “ Queremos que esses projetos já existentes na nossa escola se tornem programas que possam  ser apresentados em outras unidades da universidade. O que caracterizaria esses projetos integrados como programas, pois envolveria outras unidades da instituição”, afirmou Ivana. Interseção -  Ciclo de palestras Publicidade, Marketing e Propaganda, Galeria Vitrine da ECO; Sararte – Exposição de arte, Rádio Interferência 91.5 FM, Cinerama – Cineclube da Praia Vermelha , Ecomídia – convergência de mídias – site e ntre outros entre outros foram alguns dos projetos listados pela direção da ECO.

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