De Olho na Mídia

Pais de jovem desaparecido buscam ajuda

Amigos do estudante de Medicina da UFRJ fazem manifestação no Centro

Estudantes de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e amigos de Marcus Vinícius da Silva Amaral, 26 anos, fizeram uma manifestação, ontem à tarde, em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para cobrar a intensificação das investigações do colega desaparecido e divulgar o retrato do jovem. Marcus está sumido desde 25 de março, quando foi visto pela última vez na Penha, entre 17h e 18h, depois de sair do plantão no CTI do Hospital Universitário.

O deputado Édino Fonseca (Prona), pastor da Assembléia de Deus, convidou os manifestantes para entrar na Alerj e garantiu que vai enviar um ofício pedindo o aprofundamento das investigações ao Ministério Público da Justiça e para a Secretaria de Segurança, Polícia Civil e Polícia Federal.

Os amigos do desaparecido acreditam que o estudante possa ter sido seqüestrado para cuidar de pessoas do tráfico.

— Ele tinha o hábito de sair na rua com o jaleco, sozinho. Isso pode ter chamado a atenção — disse Aline Rosa, uma das melhores amigas do estudante.

Rodrigo Monteiro, 23 anos, amigo de faculdade de Marcus, fez um apelo aos colegas de curso, pela Internet, pedindo ajuda para encontrar o rapaz.

— Não sabemos muito o que fazer, mas estamos tentando tudo. Como a maioria dos estudantes de Medicina da UFRJ faz plantão em hospitas públicos, pedimos a eles que procurem pelo Marcus em cada uma das unidades — contou.

Os pais do estudante, Marielza e Roberto do Amaral, que moram em Goiânia, chegaram ao Rio na semana passada e então percorreram delegacias, foram aos hospitais e ao Intituto Médico Legal (IML).

— Estamos panfletando em vários lugares. Sou evangélica e acredito em Deus acima de tudo. Tenho fé que ele vai aparecer — disse Marielza, angustiada com o sumiço do filho.

Marcus estava no último período de Medicina e iria se formar em três meses. Segundo Roberto, o filho queria voltar logo para casa, em Goiânia.

— Ele nunca gostou do Rio. Acha a cidade muito agitada e violenta — contou Roberto, que é pastor evangélico. Durante a manifestação, dois amigos de Marcus, Yuri Moraes e Gustavo Peçanha, fizeram uma oração.

— Todas as igrejas evangélicas do Brasil estão orando por ele. Temos fé que ele está vivo, vai aparecer e se formar em julho.

 

Veículo:Jornal do Brasil - RJ , 05/04/2006, Editoria: Cidade