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CAp–UFRJ , uma opção pela qualidade

Leonardo Velasco

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Paixão pelo saber. É assim que Miriam Kaiuca, vice-diretora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CApUFRJ), resumiria o segredo do bom desempenho da escola, caso precisasse. De acordo com ela, o vestibular não é nem de longe uma preocupação para o colégio. No entanto, isso não impede os bons resultados.

“Não é mágica. É um trabalho alicerçado desde a alfabetização. A gente valoriza todas as séries e não uma determinada. Nossa preocupação é ter amor à arte do saber. Quando o aluno está envolvido desta forma, ele está preparado a encarar de uma maneira diferente o desafio do vestibular”, avalia a vice-diretora.

Colégio Federal, com todos os problemas inerentes à educação pública, o CAp obtém constantemente bons resultados nos vestibulares. Em 2005, um aluno conseguiu o primeiro lugar individual no ENEM. Além disso, a escola foi a primeira colocada geral em 2004, e a segunda no ano passado.

Aluna do Colégio de Aplicação durante 11 anos e estudante da Escola de Comunicação da UFRJ atualmente, Ana Elisa Vianna reconhece a importância da escola em sua formação, inclusive pessoal.

“Eu acho que o CAp ajuda os alunos a criarem um senso crítico e os prepara para a vida como um todo e não só para o vestibular. Porém, como o ensino é muito bom, a maioria dos alunos acaba conseguindo passar para boas faculdades”, disse Ana Elisa.

Os professores são unânimes em outro diferencial da escola. Por se tratar de um Colégio de Aplicação, a instituição está em contato permanente com jovens licenciados, em torno de 400 atualmente, o que promove uma renovação.

“Por ser um colégio de aplicação, temos contato com alunos de faculdades que se tornarão professores. E eles estão em contato com a vanguarda das discussões de suas áreas, obrigando os mais antigos a se atualizarem”, afirmou Paulo Lívio, professor de geografia da escola, sendo acompanhado por Letícia Rangel, professora de matemática.

Letícia também ressaltou a importância de realizar pesquisas e aplicá-las: “Estamos dentro de uma instituição que nos permite aplicar o que pesquisamos. Não adianta pesquisar sem poder aplicar”.

Essa possibilidade de experimentar permite que o Colégio de Aplicação tenha, por exemplo, aulas de artes cênicas, considerada importante na criação do senso crítico buscado pelo colégio.

“Artes cênicas trabalha a consciência crítica e a sensibilidade. Como o conhecimento é aprendido na vivência, o aluno não percebe que está aprendendo. A aula também possibilita a experimentação e o desenvolvimento da criatividade”, destacou Maria de Fátima Novo, professora da disciplina.

Apesar de poder resumir com três palavras o “segredo” do sucesso do colégio, a vice-diretora da instituição reconhece que é na verdade uma série de fatores que faz o CAp ser o que é, não se esquecendo dos alunos.

“A riqueza que temos de realidades diferentes dos alunos faz com que a gente forme cidadãos mais abertos. A vivência humana é muito rica”, destacou Miriam Kaiuca.