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Casas Brasileiras vão para 7ª Bienal de Arquitetura

Vanessa Sol

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Pela primeira vez um projeto de pesquisa da Faculdade de Arquitetura (FAU) da UFRJ é convidado a ocupar o pavimento das exposições especiais da 7º Bienal de Arquitetura de São Paulo. A exposição Casas Brasileiras – Movimento Moderno +1 ocupa lugar de destaque na mostra por reproduzir, em maquetes tridimensionais, importantes construções da arquitetura moderna do Brasil. O projeto é coordenado pela professora Beatriz Oliveira que, juntamente com seus alunos de graduação e pós-graduação, foram os responsáveis pela produção de modelos reduzidos de oitos casas brasileiras do movimento moderno e uma do período posterior ao modernismo.

De acordo com a coordenadora, a seleção dos projetos para ocupar o terceiro andar da Bienal foi bastante criteriosa por se tratar do segundo evento mais importante do mundo na área de Arquitetura. “Neste andar ficam as representações de arquitetos estrangeiros convidados e pesquisas significativas nacionais e internacionais relacionadas à Arquitetura. A FAU-UFRJ está muito feliz por ter o reconhecimento público de seu trabalho”, enfatiza.

O projeto Casas Brasileiras do século XX, do qual a exposição faz parte, tem o propósito de tornar conhecidas oitos casas brasileiras paradigmáticas construídas entre as décadas de 1930 e 1960. Entre elas estão a Casa Oscar Niemeyer, Casa Adolpho Bloch, Casa Saldanha-Werneck, Casa William Nordchild e Casa Lota Macedo Soares. Muitas delas já estavam demolidas ou em distintos estágios de descaracterização, dando lugar a outras formas arquitetônicas.

Além disso, há mais um exemplar reproduzido, a Casa Robert Schuster, cuja construção foi realizada entre 1977 e 1981, que segue as características do movimento Moderno. A reconstrução dos exemplares ajuda compreender o diálogo proposto pelos arquitetos da época em relação ao espaço e à habitação. Segundo a coordenadora, as obras são consideradas em sua irredutível singularidade, de modo a reencontrar a originalidade do pensamento e a especificidade do momento que as gerou.

Com os resultados da pesquisa, a professora pretende construir o acervo para o futuro Museu de Arquitetura Comparada da FAU-UFRJ. Segundo ela, esta é uma missão quase impossível, tendo em vista a falta de espaço para guardar as maquetes ou mesmo para exposição permanente na escola. Entretanto, ressalta a importância didática dos exemplares, que poderão ser utilizados por estudantes de arquitetura em seus estudos sobre arquitetura brasileira.

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