Plano Diretor

Projeto Maglev-Cobra é apresentado ao Comitê Técnico
do Plano Diretor UFRJ 2020

 

Pedro Barreto

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O professor Eduardo Gonçalves David, da Coppe, apresentou nesta segunda, dia 6 de outubro, o projeto do Maglev-Cobra, durante a reunião do Comitê Técnico do Plano Diretor UFRJ 2020. A idéia do pró-reitor de Planejamento, Carlos Antônio Levi, é aproveitar a idéia, já com a verba de 4,7 milhões aprovada da Faperj para a construção de 114 metros de trilhos e ampliação de 2 quilômetros entre o futuro Restaurante Universitário e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU).

O projeto piloto do trem de levitação sobre trilhos ficaria pronto até 2010, mas a intenção é utilizá-lo como meio de transporte para a Copa de 2014; a Cidade Universitária seria uma das estações. A longo prazo, o percurso sairia do Aeroporto Antônio Carlos Jobim, atravessaria a Cidade Universitária, seguiria pela Linha Vermelha, Zona Portuária, Rodoviária Novo Rio, Aeroporto Santo Dumont até a Glória ou Cinelândia, percorrendo um trecho de 22 quilômetros. A tecnologia utilizada também permite o aproveitamento dos trilhos da Supervia para a passagem do Maglev.

No interior da Cidade Universitária, a proposta da comissão é substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário, que atingiria a velocidade máxima de 80 km por hora. Para transportar os 12 mil passageiros por dia que circulam pelo campus dentro do trajeto imaginado, seria necessário um investimento de R$ 8 milhões, que, além dos recursos da Faperj, seriam garantidos ainda pelo BNDES e pela verba integrante do PRE, através do Reuni.

Em um estudo inicial, realizado pelos técnicos da Coppe, os 30 minutos gastos hoje no trajeto do Centro de Tecnologia ao metrô de Del Castilho em ônibus intermunicipal seriam percorridos em sete minutos. Patenteado pela UFRJ, o Maglev-Cobra ainda geraria royalties para a universidade, no caso da utilização por outras entidades.

Outra vantagem seria a possibilidade de utilização de energia solar – o que tornaria o transporte pioneiro em todo o mundo – ou movido a nitrogênio, que além de baixo custo também pode refrigerar os vagões. ”Precisamos aproveitar projetos como este, que colocam a UFRJ como instituição inovadora, que aplica tecnologia em si mesma", aponta Carlos Vainer, diretor do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano Regional (IPPUR).