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Dom Quixote na Escola de Música



Elisa Ferreira

 

A primeira ópera a ser montada em 2011 na Escola de Música (EM/UFRJ) será Dom Quixote nas bodas de Camacho, do compositor barroco alemão George Philipp Telemann (1681-1767). A iniciativa faz parte do projeto de extensão “Ópera na UFRJ”, criado em 1994 e que a cada ano propõe um ou mais espetáculos de ópera com a finalidade de formação profissional para alunos da EM, Escola de Belas Artes (EBA) e Escola de Comunicação (ECO) através dos cursos de música, cenografia e indumentária e direção teatral.
                                                                          

As inscrições para as audições de alunos da Escola de Música  terminam no próximo dia 28 de fevereiro. No dia da audição, em março, os inscritos encenarão trechos escolhidos da ópera. Os ensaios começam logo em seguida, primeiro com a parte musical e depois com ensaios cênicos. “A importância deles é fundamental, pois é uma chance única de aprenderem a fazer ópera, com todas as dificuldades inerentes ao gênero, durante o período de estudos. A Escola de Música é uma das pouquíssimas instituições federais de ensino de música no Brasil com projetos desse tipo para os alunos”, afirma Marcelo Fagerlande, diretor musical da montagem.

O objetivo do projeto é proporcionar aos alunos a experiência de cantar em uma ópera, além oferecer à comunidade carioca a apresentação de mais um título operístico.

A montagem contará com a presença da Orquestra Sinfônica da UFRJ. Para a realização do acompanhamento harmônico, serão utilizados dois cravos e uma tiorba. Ainda segundo Marcelo Fagerlande, “ópera é algo bastante complicado, por se tratar de um gênero que une música, cena, dança, tudo feito ao vivo, com cantores, orquestra. O perfeito funcionamento de toda esta engrenagem exige muitos ensaios e muita dedicação”.

Para os interessados, o acesso à partitura estará disponível na Escola de Música. “Para mim, é um grande prazer ser diretor musical desta montagem, pelos resultados positivos que certamente trazem ao corpo discente, e também à comunidade, pela oportunidade de ver levada à cena uma opera desconhecida aqui”, finaliza Marcelo Fagerlande.

Custos

A diretoria da EM/UFRJ ainda realizará uma reunião de produção para elaborar o orçamento desse projeto. Entretanto, os maiores gastos, já confirmados pela diretoria, serão com cenários, figurinos, iluminação e impressos.

A apresentação

O espetáculo será realizado como uma produção de ópera tradicional, ou seja, com cantores, músicos da orquestra tocando no fosso, cenários e figurinos. Entretanto, tudo será elaborado pelos estudantes e coordenado por um professor de cada área.

O evento acontecerá no final do mês de abril, com quatro apresentações no Salão Leopoldo Miguez, na própria Escola de Música. Entretanto o objetivo é levá-la a outros espaços, incluindo à Cidade Universitária da UFRJ.