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Cursos de Ciências Biológicas em Macaé obtêm nota máxima

 

 

Louise Rodrigues

 

Para definir a qualidade dos cursos de graduação, o Ministério da Educação usa o chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC). O CPC estabelece um padrão de notas entre 1 e 5, utilizando parâmetros de análise como, por exemplo, infraestrutura e desempenho. Por meio desses indicadores, o MEC formula o Índice Geral de Cursos.

Em sua última avaliação, o MEC atribuiu nota máxima (5) aos cursos de Ciências Biológicas da UFRJ, campus Macaé. Segundo a professora Lisia Gestinari, coordenadora do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRJ-Macaé, essa conquista somente foi possível graças à perseverança dos docentes que, incentivados pelo professor Francisco Esteves, diretor do Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental (Nupem) e pioneiro no processo de interiorização da universidade, e da professora Maria Fernanda Quintela, decana do Centro de Ciências da Saúde (CCS), juntamente com outros professores do Instituto de Biologia, acreditaram que esse sonho se tornaria uma feliz realidade.

Entre os critérios de avaliação, estavam a organização didático-pedagógica, o corpo docente e infraestrutura, além da satisfação dos alunos com o curso, o trabalho comprometido e coerente da coordenação e corpo docente e as experiências oferecidas aos estudantes. Sobre isso, a professora Lisia declara: “os fatores decisivos foram o comprometimento do corpo docente, de excelente qualificação, com a formação acadêmica dos alunos do nosso curso, a excelente infraestrutura do Núcleo de Pesquisas em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental (Nupem), e, é claro, o nosso projeto pedagógico”.

Chegar ao conceito máximo não é uma conquista fácil. Ainda segundo a professora Lisia Gestinari, desde o início, em 2006, “fomos gradativamente vencendo os obstáculos em nosso caminho, como, por exemplo, a contratação dos docentes, bem como a adequação dos laboratórios didáticos, de informática e de pesquisa, além de aumentarmos o acervo bibliográfico, que ainda não está como é recomendado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), mas atende às demandas dos alunos”.

Todavia, alguns desafios ainda precisam ser enfrentados e superados. Sobre isso, a professora Lisia esclarece: “Temos que ampliar o espaço de leitura para nossos alunos e o acervo bibliográfico, como anteriormente mencionado. Uma constante solicitação de todos os alunos do campus Macaé é a melhoria do transporte que liga os polos, e, é claro, um alojamento para que possamos diminuir a evasão de todos os cursos de Macaé”. Dessa forma, fica clara a importância da opinião dos alunos para que novos passos sejam dados em prol da melhoria no ensino.

Para alcançar o resultado máximo na avaliação do MEC, docentes e Reitoria trabalharam juntos e de forma intensa. “A Reitoria, desde o início, vem dando todo o apoio necessário para que o nosso curso consiga alcançar um patamar de excelência. Da mesma forma, os docentes do curso são extremamente comprometidos com a qualificação e a formação acadêmica de nossos alunos, os quais  desenvolvem pesquisas de Iniciação Científica e de Extensão, sendo contemplados com bolsas”, ratifica a professora Lisia.

Para manter esse conceito, o progresso deve ser mantido. A professora Lisia Gestinari apresenta os novos objetivos: “Atendendo às demandas dos alunos e da região, o corpo docente criou um curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, com duas ênfases (Meio Ambiente e Biotecnologia), que está para ser aprovado no Consuni. Já temos aprovada a reforma da licenciatura e teremos uma entrada de 80 alunos por ano (40 por semestre, 20 por curso). Esse é o nosso principal objetivo: oferecer um novo curso, também de excelência, como é o da licenciatura". Lisia aponta para um futuro promissor para o campus Macaé. “Temos que primar pela formação de nossos alunos, pois nosso conceito será mantido através da avaliação de nossos discentes pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade)”.