Edição 270 06 de outubro de 2009
Utilizar os recursos naturais disponíveis de forma a impactar o mínimo possível o meio ambiente: o conceito de “Sustentabilidade” nunca esteve tão em voga como agora. Frente aos alertas de aquecimento global e esgotamento do solo, as grandes empresas têm investido cada vez mais em tecnologias limpas e na conscientização ambiental.
Para entender melhor como essas organizações aliam os processos produtivos à responsabilidade socioambiental, os alunos do curso de graduação de Engenharia Ambiental promovem, entre os dias 20 e 22 de outubro, o V UFRJ Ambientável. Na edição deste ano, que acontece das 8h às 17h, no Centro de Tecnologia (CT), o evento traz como tema “A Indústria Verde: Práticas Atuais e Desafios Rumo à Sustentabilidade”.
“O UFRJ Ambientável é uma das principais atividades do corpo discente da Engenharia Ambiental. O intuito é aumentar os debates sobre o meio ambiente, não só dentro da comunidade universitária, mas também nas empresas, na sociedade e no governo, de modo geral”, explica Diego Luiz Fonseca, coordenador-geral do evento.
Olhar Virtual: Como você avalia a repercussão do UFRJ Ambientável desde a sua criação?
Diego Luiz Fonseca: Avalio como boas. Tivemos uma matéria sobre a quarta edição do evento divulgada no O Globo. Também fiquei muito feliz ao citarem, em uma das reuniões participativas do Plano Diretor, o nome do evento e sua contribuição para as discussões ambientais dentro da Cidade Universitária. Nesta edição, fomos procurados pela Decania do CT para que divulgássemos alguns dos trabalhos realizados por eles na área ambiental. Acabamos então elaborando duas atividades (uma mesa-redonda e uma caminhada), que foram fruto dessa parceria. Por esses exemplos, acho que o evento vem cumprindo muitos de seus objetivos e tais conquistas se devem ao sucesso das edições anteriores e ao trabalho desenvolvido na elaboração desta edição.
Olhar Virtual: Quais são os objetivos desta quinta edição?
Diego Luiz Fonseca: O evento funciona como meio de divulgação do curso de Engenharia Ambiental, ainda novo e pouco conhecido, mas considerado pelo ENADE o melhor do Brasil na área. O intuito é aumentar os debates sobre o meio ambiente, não só dentro da comunidade universitária, mas nas empresas, na sociedade e no governo, de modo geral. Além disso, buscamos promover novos projetos na direção do desenvolvimento sustentável, de modo a facilitar a sua disseminação e implementação. Também visamos ao aumento de parcerias entre iniciativa privada, sociedade, governo, universidade e a própria Engenharia Ambiental. Esperamos que, nesta edição, possamos contar com um maior e mais diversificado público, incluindo também a pós-graduação e demais profissionais. Também pretendemos aumentar as discussões geradas pelo evento.
Olhar Virtual: Por que a escolha do tema Indústria Verde?
Diego Luiz Fonseca: No início do ano letivo, após a recepção de calouros, marcamos uma reunião para que todos opinassem sobre a temática central que o evento deveria ter este ano. Ano passado, nos voltamos para a Cidade Universitária; nesta edição, queríamos algo mais geral. Votamos as opções e a vencedora foi Indústria Verde, proposta por nosso colega Miguel Bustamante, do quarto período. Ele nos trouxe uma reportagem sobre o assunto e concordamos que seria um campo com muitas possibilidades a serem exploradas, no âmbito da Engenharia Ambiental.
Com isso, queremos explorar múltiplos conceitos dentro do campo da Indústria Verde, mas sempre mostrando como este tema tem ou pode ter relação com a realidade das empresas. Em muitas mesas, convidamos um palestrante para expor conceitos e outro para mostrar um exemplo de aplicação. A ideia é ter sempre dois integrantes que trabalhem de maneira diferenciada com o tema para que possamos ter uma discussão sob óticas diferentes, sempre explorando possibilidades.
Olhar Virtual: Quais as principais atividades desenvolvidas no evento?
Diego Luiz Fonseca: A comissão organizadora trabalha sempre no intuito de aumentar a qualidade do evento em relação aos anos anteriores. Nesse sentido, aumentamos o número de atividades. Colocamos as palestras durante a manhã e reservamos a tarde para visitas técnicas, mesas-redondas, atividades práticas e minicursos. Preparamos também a exibição de filmes durante o almoço e estamos trabalhando no sentido de conseguir trazer expositores e uma livraria para o foyer do bloco A. A grande novidade é a existência de uma programação além dos dias do evento, com a realização de caminhada pelo Parque do Catalão (23/10, de manhã) e de visitas à Hidrelétrica de Funil (27/10) e à Usina Nuclear de Angra (ainda em negociação).