Segurança. A palavra acompanhou, na segunda à tarde (4/5), a reunião semanal do Comitê Técnico do Plano Diretor (CTPD). O tema foi apresentado pelo prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Mattos, que elencou as ações colocadas em prática para dissuadir a criminalidade e aumentar a sensação de proteção dentro do campus. “O nosso conceito sobre este tema se motiva na busca da melhor qualidade de vida da comunidade acadêmica. Hoje, trabalhamos dentro de um Projeto de Segurança Integrada, mas a preocupação com o amanhã é uma constante”, ressalta o prefeito Hélio, defendendo que as novas edificações não sejam um “queijo suíço”, com oito ou mais entradas. “Não se trata de proibir ninguém de entrar, mas controlar o acesso. Atualmente, são 65 mil pessoas e 25 mil veículos circulando diariamente na CidUni. Com a expansão universitária naturalmente o fluxo irá aumentar.”
Segundo o prefeito, R$ 27 milhões já foram investidos em segurança desde 2004. Entre as medidas: implantação de 19 câmeras de alta resolução para o monitoramento de todo o campus, cabines blindadas nos acessos à CidUni, 250 postos de vigilância, além de seis viaturas que circulam das 6 às 23h. Outros pontos, como a melhoria do transporte público interno e a troca dos postes de iluminação, também estão em andamento. Ainda há uma central telefônica de emergência (2598-1900) para dar suporte nessas questões de segurança dentro da UFRJ. “Há problemas, mas os episódios que ocorrem na UFRJ estão dentro de um contexto de violência que atinge todo o Rio de Janeiro”, explicou Hélio.
Durante o encontro, o prefeito recomendou o uso de crachás de identificação para todos os frequentadores da CidUni e expôs as estatísticas de eventos criminosos no primeiro trimestre de 2009. Ele ainda avaliou que o recente assalto no Centro de Ciências da Saúde (CCS), já esclarecido pela Polícia, foi o quarto evento dessa natureza em seis anos. Para Carlos Vainer, membro do CTPD e professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Regional (IPPUR), os números demonstram que a tranquilidade ainda predomina dentro do campus e que o tema precisa ser tratado sem alarmismos. “Sou contra, por exemplo, as catracas eletrônicas, pois ferem o princípio de uma universidade pública e aberta. Entretanto, devemos prever portarias como central de informações”, acredita Vainer.