Edição 353 30 de agosto de 2011
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No dia a dia, as pessoas já sofrem pressão demais para realizarem bem suas tarefas, e ter, seja no trabalho ou na faculdade, alguém lhe causando problemas é um mal desnecessário. Foi com o objetivo de ensinar técnicas para lidar com esse tipo de situação que, no dia 24 de agosto, foi realizada a palestra “Gestão de conflitos: Como lidar com pessoas difíceis”, ministrada no Salão Nobre da Decania do CT pela administradora de empresas Rita Miranda.
Também instrutora de treinamento do Programa Qualidade Permanente de Vida da Petrobras e docente da Universidade Estácio de Sá, Rita tem como base de suas palestras a Programação Neurolinguística (PNL): “Nós somos aquilo que pensamos ser”, explicou Rita. Em outras palavras, PNL é aquilo que a pessoa tem como seu autoconhecimento e que gera a sua autoimagem – a forma como ela se projeta para os outros – e que, consequentemente, trabalha o seu desempenho (seja este profissional ou acadêmico).
Esse “projetar-se”, segundo a palestrante, é trabalhado em cima do “Rapport”, termo francês que significa “relação” ou “empatia”, ou seja, a ideia de “se colocar no lugar da outra pessoa e prever como ela vai se sentir com a sua atitude”. Suas técnicas se constituem no Espelhamento Corporal,
Sintonização da Voz e Ajuste da Linguagem, que permitem a análise dos comportamentos das pessoas conflitantes e uma rápida resposta em relação aos mesmos.
Tipos de geradores de conflitos
Para começar, é preciso ter consciência de qual é o problema e de quem o está causando. “Quando a gente fala ‘conflitos’, pensamos muito na questão do conflito com o outro, no“eu com o outro”, que a gente chama de conflito interpessoal. Mas existem outros tipos de conflitos, como o conflito intrapessoal, quando o conflito não está com o outro, está comigo mesmo,” explicou Rita Miranda.
Pessoas que geram conflitos, seja no trabalho, no ambiente acadêmico ou no meio familiar, se utilizando de “mecanismos compensatórios” de superioridade (sarcasmo, ironia, provocações) ou de inferioridade (necessidade de ser elogiado o tempo todo) fazem isso para que se sintam melhor consigo mesmas.
Alguns exemplos dos comportamentos conflitantes apresentados por Rita, que além de administradora, também está terminando a graduação em Psicologia: o “Brucutu”, pessoa que aborda os outros com hostilidade; o “Kid (criança) Tocaia”, aquele que visa sabotar o sucesso dos outros; o “Disk Problema”, pessoa pessimista; e o “Fofoqueiro”.
Entretanto, como Rita disse, “todo mecanismo compensatório traz reclamação”, o que é prejudicial para o desempenho de todos, tanto no ambiente de trabalho quanto no de estudo.
Embora cada um desses tipos tenha suas características, bem como soluções específicas para superar os problemas que eles causam, foram apresentadas atenção e flexibilidade como qualidades essenciais para lidar com eles.
Administrando as relações no dia a dia
“Não se aborreça com coisas pequenas. Todas as coisas são pequenas.” Essas regras apresentadas por Rita Miranda são a base para se criar um ambiente harmônico e adequado para a integração das pessoas.
Sabendo impor respeito e limites nas relações de trabalho ou de estudo, a pessoa é reconhecida por sua competência, o que gera maior motivação nos outros no ambiente. “Pessoas determinadas gostam de pessoas determinadas”, afirmou Rita.
Mesmo o público presente na palestra sendo majoritariamente composto por funcionários da UFRJ, a administradora enfatizou a importância de suas palestras para todos, incluindo professores e alunos. “Temos que tomar cuidado para não nos fecharmos para as oportunidades de crescimento. (...) Na questão do âmbito estudantil, é muito importante para se formar um profissional não só qualificado tecnicamente, mas também em termos de inteligência emocional, de comportamento no ambiente de trabalho”, concluiu Rita.
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