Edição 126 10 de agosto de 2006
Dois amigos se encontram.
— Bárbara, quando tempo não te vejo. Como você está?
— Estou bem. Terminei agora o ensino médio e de cara passei no vestibular da UFRJ para Biblioteconomia.
— Biblio...o que? Pergunta o amigo se desculpando da sua falta de conhecimento .
— Não tem problema, não. Você já é o quinto que me faz a mesma pergunta. Biblioteconomia, no sentido mais poético da palavra, é a arte de organizar e dirigir bibliotecas.
Assim como o amigo de Bárbara, muitos outros desconhecem a finalidade do curso de biblioteconomia e, às vezes, sua existência.
Preocupada com essa situação, a universidade (UFRJ) aproveitou o inicio do 8° Ciclo de Estudos em Ciência da Informação (CECI) para esclarecer — entre outras coisas — as características da graduação em Biblioteconomia para novos alunos.
O evento, que teve início no dia 9 de agosto, nasceu em 1987. De lá para cá, sucessivos encontros objetivaram capacitar os bibliotecários da instituição. Entretanto, “com a sua ampliação gradativa, funcionários e afins passaram a receber informações complementares a respeito da profissão”, afirma Paula Maria Abrantes Cotta de Mello, Coordenadora do Sistema de Bibliotecas da UFRJ (SiBI) e presidente do 8º Ciclo, durante a sessão solene de abertura.
Além da coordenadora do SiBI, estiveram presentes na sessão o Reitor da universidade, professor Aloísio Teixeira, a decana do Centro de Ciências da Natureza e Matemática, professora Ângela Rocha, e Mariza Russo, presidente de honra do evento. Aloísio, no seu breve pronunciamento, disse que o 8º CECI representa muito para a universidade. “O fato de ser realizado no novo Centro Cultural Horácio, o Ciclo reforça, de forma consistente, o momento de reformulação física e estrutural da instituição”.
Após a solenidade de abertura, deu-se início à palestra “A Formação do informador”, proferida pelo professor e diretor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, Luiz Augusto Milanesi.
De forma muito descontraída, Luiz Augusto falou dos problemas da profissão de bibliotecário no século XXI. Segundo ele, uma delas chama-se internet. “O que é o google? Em suma, é tudo aquilo que eu adoraria ser. Com ele não preciso entrar numa biblioteca e ficar mergulhado em livros. Basta escrever uma palavra que ele já fornece uma série de opções (...) A internet está nos fazendo perder o gosto pelo papel. Eu mesmo sou um exemplo disso. Antes acordava de madrugada para poder ler, no mínimo, dois jornais; hoje em dia, não leio mais nenhum. Faço tudo pela internet” — explica o professor, completando que o ciberespaço é o grande divisor de águas da biblioteconomia.
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