Edição 353 30 de agosto de 2011
A nona edição do “Conhecendo a UFRJ”, realizada nos dias 24 e 25 de agosto, trouxe à universidade mais de 14 mil estudantes do nível médio de ensino. O evento, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão (PR5), teve como objetivo aproximar a instituição da comunidade, além de incentivar o interesse dos jovens pela graduação. A estrutura do “Conhecendo” contou com mais de 50 estandes, onde os visitantes puderam obter, de alunos da própria universidade, informações sobre os cursos específicos, através de fotos, vídeos, apresentações de trabalhos práticos e do diálogo direto. Também foram ministradas palestras, ao longo dos dois dias – em oito espaços montados nas dependências da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) –, por representantes de todos os cursos de graduação, visando esclarecer o funcionamento, a estrutura, as possibilidades de carreira, o mercado de trabalho e as curiosidades de cada área, com abertura para perguntas dos ouvintes ao final. Além disso, foram feitas atividades culturais, para mostrar aos estudantes um pouco do tipo de produção e dos métodos empregados pelos cursos de artes da universidade, e passeios em ônibus pela Cidade Universitária, para mostrar aos jovens a localização dos prédios.
Entre os primeiros cursos apresentados estava o de Relações Internacionais (RI), representado pelo professor Leonardo Valente. De acordo com o palestrante, ao contrário da maioria dos cursos, RI é uma área recente na UFRJ – a primeira turma está, atualmente, no sexto período –, mas que tem crescido com rapidez devido às oportunidades no mercado de trabalho. “O Brasil vem passando por um momento de internacionalização em diversos setores – como o político, cultural e econômico –, e é nesse contato com o mundo que o profissional de Relações Internacionais tem papel fundamental”, afirmou o professor.
Segundo ele, o mercado de trabalho para a área já é bastante amplo e vai além dos cargos convencionais. “Hoje, uma pessoa formada em RI pode trabalhar na diplomacia, como já é comum imaginar, mas pode exercer ainda outras funções. Esses especialistas são também requisitados por vários tipos de empresas para promoverem a interação – movida por interesses políticos, econômicos, sociais e estratégicos em geral – das mesmas com diferentes sociedades, governos e instituições. Entre as principais entidades empregadoras estão as ONG’s internacionais – como a Cruz Vermelha e o Greenpeace –, que precisam mobilizar muitas pessoas e países; a ONU (Organização das Nações Unidas), que tem sede em vários lugares do mundo; e empresas privadas, para avaliação de mercado”, explicou o palestrante.
Leonardo Valente ainda ressaltou aspectos do funcionamento do curso: “Prezamos uma formação com bases teóricas, com diversas disciplinas que possibilitem aos alunos obter conhecimento acerca da história dos países”, disse. Antes de passar para as perguntas do público, o professor finalizou destacando que “é fundamental para os alunos invistir em sua formação, aproveitando ao máximo as oportunidades oferecidas pela UFRJ, como disciplinas eletivas e cursos de línguas estrangeiras”.
Em outro espaço da EEFD acontecia, simultaneamente, a palestra do professor Ericksson Rocha e Almendra, diretor da Escola Politécnica (POLI) da UFRJ. Com a plateia lotada, o professor falou sobre o funcionamento dos cursos, as oportunidades oferecidas e as áreas de mercado destinadas aos estudantes que ingressam na Escola que coordena todos os tipos de engenharia. “Nossos alunos passam, primeiramente, por um ciclo básico, que dá as noções iniciais da área de engenharia, e é seguido pela escolha de qual especificação seguir: mecânica, nuclear, naval, civil...”, esclareceu o palestrante. O diretor também descreveu a atual situação do mercado de trabalho. “Falta engenheiro no Brasil. O país está em crise e tem de importar profissionais para trabalharem em nossas empresas públicas e particulares. Tal escassez é responsável pelo alto valor do salário que um engenheiro iniciante recebe”, disse Almendra.
Outro ponto apresentado foi a relevância dos programas de mobilidade acadêmica para a formação dos estudantes e a avaliação da qualidade dos cursos. “A POLI controla o valor de seus cursos por meio dos convênios que mantém com universidades do mundo inteiro. A partir do momento em que uma instituição inglesa, francesa, americana ou de outro país confia um aluno seu à UFRJ para complementar sua graduação, é a prova de que nossa Escola tem qualidade. Com isso, também conseguimos garantir boas oportunidades de intercâmbio para os nossos estudantes”, afirmou Almendra.
O evento ainda contou com site para disponibilizar informações e espaços para sugestões e críticas, além de transmissão on-line das palestras ministradas.