Edição 225 14 de outubro de 2008
Levar a ciência de forma inteligível à população. Esse é um dos principais objetivos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) UFRJ 2008. Durante os dias 23, 24 e 25 de outubro, crianças, jovens e adultos terão contato com o mundo científico e verão na prática como acontecem alguns experimentos. A novidade que a UFRJ preparou para a edição deste ano é um grande circuito intitulado “Numa noite na floresta”, disponível ao público no Hangar da universidade. O circuito foi idealizado para contemplar o tema da SNCT deste ano: Biodiversidade e Diversidade Cultural.
Todos os anos, os coordenadores da Semana na UFRJ buscam a integração das diferentes áreas do conhecimento, com o circuito não será diferente. Nele, estarão associadas as Artes, a Química, a Biologia, a Física, a Engenharia, a História e a Geografia, por exemplo.
Como o próprio nome já diz, o circuito reproduzirá cenograficamente a uma noite na floresta e nele estarão englobados diversos ecossistemas (mata atlântica, restinga e praia, entre outros), fazendo a conexão com diversas e diferentes áreas do conhecimento.
De acordo com a superintendente da Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ e coordenadora responsável pela SNCT na instituição, Isabel Azevedo, em cada parte do circuito haverá uma atividade diferente como, por exemplo, ouvir os sons da floresta, ver animais que a compõe e, a partir da areia, os participantes poderão ver a oficina de hialotecnia – técnica de produção de vidros. “Essa proposta visa a interação com o conhecimento. As pessoas não querem ficar só lendo ou vendo algum experimento, elas querem participar também”, destaca.
Para fazer os pontos de conexão com a cultura brasileira, no mesmo circuito, haverá mitos e lendas do folclore brasileiro com a partcipação dos professores e dos estudantes da Companhia Folclórica da UFRJ. “A partir desse ponto, relaciona-se o conceito de biodiversidade com o de cultura, porque esta tem a ver com o ambiente onde você está, onde você vive. Biodiversidade tem a ver com ciência, que não é só a Física ou Matemática. Em geral, as pessoas nunca pensam nas ciências humanas como ciência”, explica Isabel.
Ao final de cada circuito, os participantes vão construir, com palitos e caixas de fósforos, uma pequena parte de uma cidade. A UFRJ espera receber cerca de 30 mil pessoas, entre as quais 12 mil são crianças das escolas púbicas vizinhas.
A superintendente afirma que este tipo de evento é importante porque expande a universidade para além de seus muros e mostra à sociedade o que vem sendo realizado em termos de pesquisa. Outro aspecto positivo, é o fortalecimento das atividades de Extensão. “Vimos muitos projetos de Extensão surgirem e crescerem a partir da SNCT”, finaliza.
Para montar o circuito, foram necessários 40 alunos da Escola de Belas Artes. Ao todo, participarão da SNCT, aproximadamente, 350 alunos de graduação, para o suporte ou a mediação nas atividades.
A Semana
A iniciativa criar a SNCT partiu do departamento de Difusão e Popularização da Ciência e da Tecnologia, do Ministério de Ciência e Tecnologia. O departamento tem sido responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas para a divulgação científica à população. A SNCT foi criada pelo Decreto Presidencial de 9 de junho de 2004, publicado no Diário Oficial da União (DOU), em 11 de junho de 2004.