Coordenadoria de Comunicação do Gabinete do Reitor - UFRJ www.olharvirtual.ufrj.br

Edição 148      01 de março de 2007


Zoom

Obras raras voltam ao acervo da UFRJ

Luíza Duarte

imagem zoom

Ângela Luz, diretora da Escola de Belas Artes (EBA), viajou até São Paulo, no dia 27 de outubro, para identificar, recuperar e trazer de volta à universidade a obra Ornithologie Brésilienne, histoire des oiseaux du Brésil, de Descourtilz. O in-fólio, datado de 1852, havia sido furtado da biblioteca da EBA. Os in-fólios, livros com mais de 40cm de comprimento, exigem cuidados especiais no manuseio, e seu armazenamento deve ser feito em estantes adequadas ao seu tamanho.

A biblioteca da EBA, a mais antiga da universidade, possui mais de 30.000 livros; seu acervo de obras raras é constituído, em grande parte, pelos livros que vieram para o Brasil com a Missão Artística Francesa, em 1816. Fazem parte da seção de obras raras títulos como Pittore e Geometra Chiarissimo della simmetria de i corpi humani, de Alberto Durero, livro italiano, de 1591, com capa de pele de carneiro e Voyage pittoresque et historique au Brésil, de Debret, datado de 1834-39.

Atualmente, o sistema de segurança foi intensificado. Além de contar com a vigilância das câmeras, para consultar obras raras da biblioteca são necessários uma carta de encaminhamento da EBA, o preenchimento de uma ficha informando a razão da consulta, carteira de identidade e CPF dos visitantes. As obras ainda são protegidas por uma etiqueta antifurto e por alarme.

As bibliotecas da UFRJ são abertas ao público, mas têm como principal objetivo atender a demanda interna de ensino e pesquisa. A universidade ao abrigar obras raras garante a conservação e a disponibilidade de seus conhecimentos para domínio público.

Biblioteca do Museu Nacional

Junto com o in-fólio pertencente à EBA, também foram recuperadas gravuras do acervo da Biblioteca do Museu Nacional da UFRJ. As 49 gravuras recuperadas constam na lista de in-fólios roubados ou danificados do Museu Nacional. Na lista de obras desaparecidas da seção de in-fólios da Biblioteca do Museu Nacional ainda constam 10 volumes e 917 gravuras.

Dentre as obras desaparecidas, estão gravuras do século XVI ao XIX com importantes registros da flora e da fauna brasileira, documentos valiosos, principalmente, por sua dimensão histórica e científica. A Chefe da Biblioteca do Museu Nacional, Vera Figueiredo, aponta a importância das obras como fonte de pesquisa e ressalta o valor histórico da formação do acervo da biblioteca.

O sistema de segurança da biblioteca do Museu também foi intensificado. Além das câmeras, da proteção contra incêndio e da restrição da consulta a livros raros, estão previstas a instalação de novas guaritas de segurança, gradil e o uso de cartão magnético.

A biblioteca do Museu Nacional, fundada em 1863, abriga livros que pertenceram a Imperatriz Leopoldina. Seu acervo é 464.000 volumes, a seção de obras raras conta com 2.401 volumes, já a coleção de in-fólios tem 1154 volumes. Faz parte da coleção um livro de 1481, Historia Naturale, de Plínio Secondo.

Informações

A Biblioteca da Escola de Belas Artes funciona na Rua Pedro Calmon, 550, Prédio da Reitoria, 7ª andar - Cidade Universitária, Campus do Fundão, de 2ª a 6ª, das 8h às 17h. E-mail: bib@eba.ufrj.br /Tel: (21) 2598-1638 / 2598-1642

Já a Biblioteca do Museu Nacional se localiza na Av. General Herculano Gomes, s/n - Horto Botânico, Quinta da Boa Vista, São Cristovão - Rio de Janeiro – RJ. Ela fica aberta das 9h às 16h. Tel: (21) 2567-8676 /E-mail: mnbib@acd.ufrj.br

Anteriores