Edição 153 04 de abril de 2007
Estudar no exterior é o sonho de milhares de universitários. A crescente procura por cursos de línguas e até trabalho para jovens no exterior sinaliza a valorização da experiência acadêmica internacional no mercado de trabalho. O Setor de Convênios e Relações Internacionais (SCRI/UFRJ) foi criado, em 1994, para desenvolver a cooperação internacional acadêmica, técnica, cultural e científica.
Atualmente existem cerca de 130 convênios com universidades da Europa, América Latina, EUA e Canadá. Os alunos que pretendem cursar o primeiro semestre de 2007 na Europa ou América do Norte têm até o dia 15 de Abril para se inscreverem.
Em 2003, o SCRI ganhou importância e os convênios, antes com ênfase na pós-graduação, foram ampliados para a graduação. Através dos convênios, alunos a partir do 3° período dos cursos de graduação da UFRJ, que tenham Coeficiente de Rendimento (CR) superior a 7,0, podem cursar disciplinas em universidades de 17 países.
Em 2006, a UFRJ recebeu 56 estudantes estrangeiros e enviou 91 alunos para o exterior. O SCRI espera ampliar o número total de estudantes intercambistas, bem como o número de convênios com universidades. O setor pretende estabelecer cooperações com universidades africanas, ampliar os convênios com universidades inglesas e norte-americanas e conseguir bolsas de estudo para alunos da UFRJ.
Para a secretária executiva do SCRI, Maria José Bastos, “os convênios internacionais dão mais visibilidade a UFRJ, que é vista no exterior como uma instituição de excelência, com bons cursos e bons professores e são uma oportunidade para o nosso aluno crescer profissionalmente e academicamente”.
O setor atende em média 100 alunos por mês e a cada semestre cerca de 50 alunos da UFRJ partem para o exterior. O serviço é procurado por estudantes dos cursos de maior poder aquisitivo, como: economia, administração, engenharia, arquitetura, belas artes e comunicação social. A Europa é o principal destino e a universidade espanhola de Salamanca é a preferida dos intercambistas.
Embora algumas universidades estrangeiras estabeleçam um limite de vagas não há demanda suficiente para ocupá-las, já que o intercâmbio, apesar das vantagens oferecidas pela universidade, ainda é muito caro.
A UFRJ possibilita ao aluno estudar no exterior por, no máximo, dois períodos com isenção de taxas, mesmo em universidades pagas, com exceção das Universidad de Salamanca, Universidad Autônoma de Madrid e University of Nottingham. As disciplinas cursadas são escolhidas com a aprovação do coordenador do curso da UFRJ e os créditos cursados nas universidades estrangeiras são aproveitados. Todos os custos com passagens, alimentação, hospedagem, visto e seguro saúde ficam por conta do aluno.
Alunos estrangeiros interessados em estudar na UFRJ vêm principalmente da Itália, Alemanha e Dinamarca. Segundo Maria José Bastos, “os estudantes estrangeiros querem conhecer o Brasil e o Rio de Janeiro, escolhem a UFRJ porque sabem da excelência do nosso ensino. Nossos cursos, principalmente os de artes e arquitetura são muito procurados pelos alunos estrangeiros”. O SCRI considera importante para a UFRJ receber bem os alunos que vêm de fora, para isso, pretende normatizar em todas as unidades as inscrições em disciplina dos intercambistas.
O SCRI é responsável pela orientação dos alunos da UFRJ no exterior e pelos estrangeiros no Brasil, além das burocracias padrão, o setor acaba se tornando um porto seguro para os universitários em países desconhecidos. Maria José Bastos, do SCRI organizou uma rede de famílias hospedeiras para receber os alunos estrangeiros e pretende criar uma comissão de alunos da UFRJ para recebê-los, apresentar a cidade e integrá-los a sociedade acadêmica. Os documentos necessários para a candidatura ao intercâmbio internacional da UFRJ encontram-se no site www.scri.ufrj.br.