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Velhos e novos direitos do trabalho em debate


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Em um tempo de crise do desregulado mercado global, nada mais oportuno que reconstruir a história de uma legislação social ainda de largo alcance em muitos países do mundo. Esse é o principal objetivo do Seminário Internacional Velhos e Novos Direitos do Trabalho. Diálogo Brasil – Itália, que acontece nesta quarta e quinta-feira (26 e 27 de novembro), no Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, no largo de São Francisco.

A idéia do evento é recuperar a história dos direitos trabalhistas e refletir sobre as suas perdas e conquistas ao longo do tempo, segundo a professora Elina Pessanha, do Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ) – núcleo de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do IFCS, que organiza o Seminário, ao lado da Associação Anita e Giuseppe Garibaldi-RJ e da revista Fórum Democrático.

Para Elina Pessanha, incluir a Itália nesse debate faz muito sentido porque é comum atribuir a criação da legislação trabalhista brasileira ao governo Getúlio Vargas, cuja inspiração para promulgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943, teria sido a Carta Del Lavoro, do regime fascista italiano.

“Ignorava-se tudo que já havia antes, principalmente graças à luta dos trabalhadores. Havia toda uma construção legislativa de referência que a República de Weimar, de 1919, já produzira, e a OIT passaria a defender e divulgar no mesmo ano”, destaca a professora.

Hoje, analisa Pessanha, quando a União Européia implementa mudanças nas relações de trabalho e cogita políticas que batiza de "flexiseguridade" (flexibilização mais seguridade), o diálogo com a Itália pode ser muito produtivo para ambos os países.

No Brasil, apesar das propostas de desregulação das relações de trabalho, ela enumera conquistas consideradas importantes e “ainda válidas”, como a unicidade, o imposto sindical e a Justiça do Trabalho. Aponta como retrocesso a cassação pela ditadura militar da estabilidade no emprego, substituída pelo Fundo de Garantia (FGTS), “que facilitou a demissão de trabalhadores”.

Ainda segundo Elina Pessanha, o avanço neoliberal da década de 90 desregulou processos de contratação e de negociação da jornada de trabalho – como o Banco de Horas –, mas falhou ao tentar impor, em 2001, o "negociado" sobre o "legislado" (o acordo direto entre patrão e empregado valeria mais do que a lei). “Essa proposta radical foi arquivada no início do governo Lula”, lembra.

A possibilidade de novas reformas – a sindical, que tem proposta tramitando no Congresso, e a trabalhista – merece atenção especial, de acordo com a coordenadora do AMORJ. “O que se configura hoje, como em outros momentos históricos, é um quadro de disputas entre modelos de relações de trabalho. Um preconiza as vantagens do mercado livre para negociar. E o outro enfatiza a responsabilidade do Estado na proteção de direitos sociais fundamentais e que não devem ser ameaçados”, conclui.

Veja aqui a programação completa do Seminário.

 


Cinema russo no Fórum em Tela


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O projeto cultural Fórum na Tela, em parceria com o Cineclube da Praia Vermelha, realiza durante essa semana, no salão Moniz de Aragão, a Mostra Aleksandr Sokurov. Nas noites de terça, quarta e quinta-feira, serão exibidas, sempre às 19h, algumas obras do cineasta russo.

Aleksandr Sokurov nasceu em Irkutsk, na Rússia, em 1951. Estudou História na Universidade de Gorki, onde começou a trabalhar como assistente de diretor para a TV local. Também passou pela Moskow Filmschool VGIK, no Departamento de Ciências Populares. Sua obra reúne cerca de 30 filmes, como “Dni Zatmeniya” (Dias de Eclipse), “Spaci I Sochrani” (Salve e proteja) e “Krug Vtoroj” (O segundo círculo). Sokurov é considerado um dos mais importantes cineastas russos contemporâneos, tendo recebido vários prêmios por seu trabalho.

Nesta terça, dia 25, o Fórum de Ciência e Cultura apresenta “Elegia de Moscou” (1987, 88 min), com legendas em espanhol. Trata-se do terceiro documentário da série Elegias, centrado na figura de Andrei Tarkovski (1932-1986), um dos mais importantes criadores da história do cinema e diretor de clássicos como “Solaris” (1972) e “O Espelho” (1974).

Já na quarta, dia 26, será exibido o longa “Mãe e filho” (1997, 73 min), legendado em português. O filme aborda os profundos sentimentos existentes na relação mãe e filho.

Encerrando a mostra, o Fórum na Tela apresenta na quinta, dia 27, “Russian Ark” (2002, 96 min), com legendas em inglês. A narrativa gira em torno de um cineasta dos dias atuais, que é misteriosamente enviado ao museu Hermitage, em São Petersburgo, no ano de 1700. Lá, ele encontra um diplomata francês do século XIX, com quem inicia uma jornada pela história da Rússia entre os séculos XVIII e XXI.

Desde 2003, o Fórum na Tela exibe filmes que apresentam grande relevância para a formação de universitários, estudantes de cinema, professores e interessados em geral. A entrada é franca. O salão Moniz de Aragão fica no campus da Praia Vermelha, na avenida Pasteur, 250, Urca.

 


Mesas redondas marcam comemoração dos 20 anos da Pós em Teoria Psicanalítica

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O Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia (IP) da UFRJ comemora seus 20 anos com a realização de duas mesas redondas, às 17h do dia 27 de novembro, com a participação do reitor da UFRJ Aloísio Teixeira; da pró-reitora de Pós-gradução, Ângela Uller; do diretor do IP, Marcos Jardim Freire; da coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica, Maria Teresa da Silveira Pinheiro; do professor emérito e fundador do Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica, Luiz Alfredo Garcia Roza; e do professor titular do IP Joel Birman.

O evento acontece no salão Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, localizado no campus da Praia vermelha, 2º andar do Palácio Universitário, na avenida Pasteur, 250.

 

 


Fundamentos da Dermatologia


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A editora Atheneu lança, no dia 27 de novembro, às 19h, o livro Fundamentos da Dermatologia, de Márcia Ramos e Silva, Maria Cristina Ribeiro de Castro e colaboradores. O lançamento ocorre no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, rua Visconde Silva, 52 Botafogo – Rio de Janeiro.

 

 


Exposição reúne trabalhos de estudantes


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No dia 1° de dezembro, será inaugurada, no átrio do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, a 18ª edição da exposição Psicologia em Cena. A mostra — que este ano traz o tema O vestuário: um lugar de memória - Em busca de um jeito carioca de ser (1890-1950) — reúne os trabalhos finais de Psicologia Aplicada às Artes Cênicas, oferecida aos alunos da Escola de Belas Artes e do Instituto de Psicologia.

Segundo Phrygia Arruda, professora que coordena a exposição, os trabalhos abordam a indumentária como lugar de memória e atravessam um período que vai da Belle Époque, no final do século XIX, à década de 1950, quando a cidade do Rio de Janeiro viveu uma intensa modernização. “O conhecimento crítico e a apropriação consciente por parte das comunidades e indivíduos do seu ‘patrimônio’ são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania”, destacou Arruda.

A exposição poderá ser visitada entre 9h e 17h. O Fórum de Ciência e Cultura fica na avenida Pasteur, 250 – Urca.