Os cuidados tomados com a pavimentação da Cidade Universitária são preocupações não só dos responsáveis diretos pelas obras, mas também dos estudantes e pesquisadores da UFRJ. A escolha do tipo de asfalto e as medidas especiais a serem consideradas em cada área do campus foram objeto de estudo de Rafael Marques Alves, estudante e pesquisador do Departamento de Engenharia de Transportes da Coppe-UFRJ, que apresentou o trabalho “Análises das principais melhorias realizadas na pavimentação das principais vias da Cidade Universitária” na “XXXII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural da UFRJ”.
Em apresentação, Rafael explicou os objetivos do “Projeto Fundão”, criado pela Coppe em parceria com o Cenpes-Petrobras para melhorar a pavimentação das vias do campus universitário. O projeto consiste na comparação entre as novas análises a serem realizadas e as já desenvolvidas anteriormente, para acompanhar o desempenho de cada um dos pavimentos. “Essa operação tem como objetivo testar novos materiais para acompanhar seus desempenhos e, posteriormente, serem aplicados, de acordo com a resistência de cada um”, afirma Rafael.
Os pavimentos da Cidade Universitária sofrem desgastes diferentes, dependendo do ponto em que se localizam, o que gera maior importância ao trabalho, que busca analisar cada tipo de defeito, os causadores e o material que pode servir como solução do problema. “As medidas tomadas em cada local serão analisadas de acordo com simuladores de tráfego e com os dados do tráfego local normal. Pretendemos, na próxima avaliação, ser capazes de perceber quais defeitos evoluíram e quais se mantiveram”, relata a professora Laura Maria Goretti da Motta, que, ao lado da professora Elaine Garrido Vazquez, orientou o trabalho de Rafael. Um exemplo, segundo a especialista, de pavimento destruído pelo uso intenso é a via próxima à Reitoria, onde são realizadas as provas do Detran. “As pessoas ficam tentando fazer a baliza e acabam com a pavimentação”.
A deformação do asfalto pela temperatura, o desgaste pelo tráfego de ônibus e caminhões e a tubulação subterrânea de cada parte da Cidade Universitária são dados importantes para a elaboração das aplicações em curso nos locais. “Existem cerca de 80 trechos pelo campus que utilizam materiais e técnicas diferentes. O trabalho ainda consiste em testes, mas já traz inúmeras melhorias ao pavimento da Cidade”, conclui Rafael.