O Rio de Janeiro se prepara para receber o maior evento esportivo das Américas, os Jogos Pan-americanos 2007, nessa sexta-feira, 13 de julho. Em transmissão ao vivo para diversos países, a Companhia Folclórica da UFRJ abrirá o evento, no Maracanã, apresentando 13 danças típicas brasileiras numa coreografia com 723 pessoas.
A Companhia Folclórica da UFRJ, é um projeto da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ (EEFD), vinculado às Pró-reitorias de Graduação e de Extensão (PR-1 e PR-5) e, em 2007, comemora vinte anos de atividades. A Companhia nasceu nas aulas de danças folclóricas brasileiras. Em 1971, a profa. Sonia Chemale fundou um grupo de danças gaúchas na EEFD, que seria a primeira semente desse projeto. Porém somente em 1987 foi criado o programa de iniciação artística que permitiu a reativação da Companhia. Cerca de 200 alunos já fizeram parte do grupo, com pesquisas de campo, dança, canto, figurinos, cenários e produção cultural.
A coordenadora da Cia. Folclórica e professora do Departamento de Arte Corporal da EEFD , Eleonora Gabriel, vê a apresentação na abertura do PAN como um presente pelos vinte anos da Companhia, mas também como um grande desafio. Eles irão coreografar pessoas de 15 a 80 anos, apresentando 13 manifestações populares em uma música de 5 minutos.
O grupo foi indicado pela FUNARTE - Ministério da Cultura e por profissionais da área para trabalhar nesse Pan-americano, com uma equipe internacional, a mesma que produziu as aberturas das últimas olimpíadas.
Foi realizada uma extensa pesquisa de cada dança e folguedo sugerido pelos organizadores do evento. ”A pesquisa dos movimentos simples, a pesquisa de como passar estas informações, que para serem passos de verdade, dança, precisam de conteúdo e vontade de se divertir com a diversidade da brasilidade”, revela Eleonora.
As coreografias contaram com a participação dos alunos do curso de Dança e Educação Física da UFRJ. Além disso, foram convidados para fazer parte da apresentação, grupos de jovens pesquisadores da dança popular, grupos de capoeiristas, de jongueiros da Serrinha, mestres-salas e porta-bandeiras, um grupo da terceira idade de Guadalupe e uma escola de ginástica olímpica de Campos do Goitacazes.
Eleonora vê a apresentação como um processo artístico, pedagógico, de pesquisa, inenarrável. A responsável pela direção artística de toda abertura, figurinos e adereços do Pan-americano do Rio de Janeiro será Rosa Magalhães, ex-professora da Escola de Belas Artes da UFRJ. “É a UFRJ no PAN e uma forma de lembrar aos brasileiros como é forte sua cultura”, ressalta Eleonora.