No Foco

Dois novos cursos Stricto Sensu na UFRJ

 

 

Gisele Motta

 

O Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ aprovou, na sessão do dia 16 de junho, a criação de dois novos cursos de pós-graduação stricto sensu: o Doutorado em Neurociências Translacional, que será oferecido pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), e o Mestrado profissional de formação para Pesquisa Biomédica, oferecido pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCFF).

Esse tipo de curso, stricto sensu visa desenvolver e aprofundar a continuação dos aprendizados científicos, acadêmicos e profissionais. A carga horária mínima é de 360 horas para o mestrado e 450 horas para o doutorado e confere diploma. Difere dos lato sensu que têm por fim aprofundar conhecimentos e habilidades técnicas em setores específicos, não abrangendo o campo total do saber em que se insere a especialidade e confere somente certificado.

Os novos programas ainda precisam ser aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), como explica Roberto Lent, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas. “O curso foi aprovado por todas as instâncias da UFRJ e agora segue para aprovação da Capes. Se tudo correr bem, começará em 2012”.

O professor esclarece que o objetivo do curso de Doutorado em Neurociência Translacional “é fazer um curso com grande interatividade entre grupos: os alunos terão sempre dois (ou mais) orientadores, preferencialmente de laboratórios diferentes de estados diferentes do país; as disciplinas serão oferecidas em várias cidades, e recursos serão disponibilizados pela Capes para garantir a mobilidade rotatória dos alunos e professores. Tentaremos dar ênfase também a disciplinas virtuais (à distância, ou na modalidade teleconferência, e outras)”.

Sobre a ementa do curso o professor comenta “A ideia é gerar tanto conhecimentos básicos sobre o cérebro, como aplicações de tratamentos e outros procedimentos e produtos a doenças do sistema nervoso” explica Lent. “As disciplinas serão optativas e descentralizadas e os alunos as cursarão mediante bolsas de estágio curto, para facilitar a interação entre os grupos. Disciplinas à distância serão estimuladas, via teleconferência ou skype. Os orientadores também terão condições de viajar mais frequentemente para interagir com seus colegas e alunos de outros laboratórios.” completa.

O curso de Mestrado profissional está sendo coordenado pelo professor Álvaro Augusto Costa Leitão, chefe do Laboratório de Radiologia Molecular do Instituto de Biofísica. O professor também está esperando a aprovação da Capes. “Possivelmente começamos em 2012. Esperamos que a Capes aprove tudo e comecemos em março.”

A ementa principal do curso é o estudo técnico, como explica o professor Álvaro Augusto: “queremos formar técnicos com ampla visão sobre as formas de agir, inclusive com as novas tecnologias, que é o que falta no mercado”, comenta. O mercado e as próprias instituições de ensino precisam desse tipo de profissionais. “Hoje temos poucos cursos superiores técnicos. Há na Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz), mas não na UFRJ. E nós precisamos desses técnicos, porque o que temos hoje é uma grande maioria formada em biologia e em outros cursos da área”.