No segundo semestre de 2008, está prevista a realização de uma olimpíada na UFRJ. A idéia do evento surgiu a partir de uma conversa entre Waldyr Mendes, diretor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), e Kauffman Ribeiro, ex-aluno do curso, e da vontade de ambos em tocar um projeto como esse dentro da universidade. A elaboração ficou sob a responsabilidade de Kauffman, que encaminhou o projeto para a Pró-Reitoria de Extensão (PR-5) e ainda aguarda a abertura de um dos editais de eventos do Banco do Brasil.
Essa não será a primeira olimpíada que a universidade promove. O diretor da EEFD contou que a Reitoria possuía uma coordenação de esportes ligada a atual Pró-Reitoria de Graduação (PR-1):
– Essa coordenação sempre teve na sua direção um professor de Educação Física. No início, funcionava na Reitoria, sob a coordenação da professora Maria Lenk, depois vieram outros professores. Alguns deles organizaram, em alguns momentos, olimpíadas internas na universidade, mas que não foram eventos de grande mobilização.
O diferencial, esse ano, é o fato de haver uma tentativa de envolver todas as unidades acadêmicas da universidade.
Os custos
O financiamento está sendo a maior dificuldade encontrada no processo de organização. O apoio financeiro viria do Banco do Brasil, hoje em dia, um dos convênios que a UFRJ possui. No entanto, a parceria ainda não é certa.
– Isso é feito através de um edital. Há todo um critério para sermos incluídos. Vamos entrar com o projeto junto ao convênio que a universidade tem com o Banco do Brasil. Vamos nos candidatar a receber os recursos oriundos do BB – explica Kauffman Ribeiro.
A realização de uma olimpíada envolve diversos esforços, desde a melhoria da infra-estrutura da EEFD até os próprios esportes em si. Os maiores gastos são com a compra de medalhas e a contratação de arbitragem. Esta última, de acordo com Waldyr Mendes, é necessária para que haja total imparcialidade:
– Não podemos colocar alunos de Educação Física como árbitros, por exemplo, pois eles deverão participar da competição, o que poderia causar problema com outras unidades. Ou seja, temos que contratar arbitragem externa, vinda de filiações.
Quem participa?
Todos os cursos poderão participar da olimpíada, assim como qualquer aluno que estiver com a matrícula ativa em sua respectiva unidade. A única restrição é em relação aos estudantes com matrícula trancada, ou seja, que não freqüentam as atividades regulares da universidade.
Modalidades e premiação
As olimpíadas devem ocorrer entre o final de outubro e o começo de novembro, dividindo-se em seis diferentes datas, dentro das instalações da EEFD. Dentre as modalidades praticadas estão futebol, voleibol, pólo aquático, basquete, natação, atletismo, handebol, tênis de campo, futsal e judô. Há chances de serem incluídas outras mais, de acordo com a demanda.
Haverá uma premiação por esporte e uma premiação geral, não muito comum, a não ser nas olimpíadas internas do Brasil. Os três primeiros colocados gerais das olimpíadas ganharão uma premiação especial e o campeão geral receberá um troféu.
A importância
Um dos focos do evento é promover a integração entre os alunos de todos os campi da UFRJ, é unir os alunos dos mais diversos cursos em um momento esportivo único. Além disso, a olimpíada visa preparar o futuro do estudante, na medida em que buscará trabalhar na prática aquilo que é aprendido na teoria. Assim, para o aluno da universidade, a importância do evento é a vivência prática da profissão a que aspira.
– Buscamos trabalhar a prática do aluno dentro da olimpíada, não só na Educação Física, mas trazermos, por exemplo, o jornalista, o médico, o enfermeiro, o fisioterapeuta para exercer praticamente o que ele aprende em sala de aula – esclarece Kauffman.
Já para a universidade como um todo, na opinião do professor Waldyr, as olimpíadas podem se tornar um grande evento, como outros já produzidos, por exemplo, as jornadas de iniciação científica, mas com uma natureza esportivo-cultural.
A UFRJ pode criar um modelo com esse evento que seja utilizado, no futuro, até mesmo como política pública. O aluno que pratica esporte deixa de fazer coisas que talvez ele não devesse mesmo fazer – acrescenta Mendes.